sábado, 9 de outubro de 2010

Larissa Lui, Enfermeira, escreveu...


Estive pensando muito nos dias que passamos lá em Caetité. Foi sem dúvida uma experiência única que tivemos. O olhar daquelas pessoas dizia muito mais o que as palavras que diziam. Um mês seria pouco para cuidar de todos que precisavam da gente. Mas pelo menos fizemos tudo o que nós todos poderíamos fazer, sem duvida todos se entregaram 100% à população.

Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é passageira, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes.

Mas a gente não sabe adivinhar. E descuidamos. Cuidamos pouco. De nós, dos outros.

Nos entristecemos por coisas pequenas e perdemos minutos e horas preciosos. Perdemos dias, às vezes anos.

Nos calamos quando deveríamos falar; falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio. Não damos o abraço que tanto nossa alma pede porque algo em nós impede essa aproximação. Não damos um beijo carinhoso "porque não estamos acostumados com isso" e não dizemos que gostamos porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos.

E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e adormece e continuamos os mesmos, fechados em nós. Reclamamos do que não temos, ou achamos que não temos suficiente. Cobramos. Dos outros. Da vida. De nós mesmos. Nos consumimos.

Costumamos comparar nossas vidas com as daqueles que possuem mais que a gente. E se experimentássemos comparar com aqueles que possuem menos? Isso faria uma grande diferença!

E o tempo passa...

Passamos pela vida, não vivemos. Sobrevivemos, porque não sabemos fazer outra coisa.

Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos pra trás. E então nos perguntamos: e agora?!

Agora, hoje, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa, de dar o abraço amigo, de cuidar de pessoas que precisam de nós, mesmo que seja só uma mão dada, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer pelo que temos. 

Nunca se é velho demais ou jovem demais para amar, dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso.

Não olhemos para trás. O que passou, passou. O que perdemos, perdemos. 

Olhemos para frente!

Ainda é tempo de apreciar as flores que estão inteiras ao nosso redor. Ainda é tempo de voltar-se para dentro e agradecer pela vida, que mesmo passageira, ainda está em nós.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Atendendo a pedidos... Vamos nos encontrar!

Todos pediram e então foram atendidos...

Olhar Voluntário - Concurso de Fotos! Você já mandou as suas?

Vem ai o concurso de fotografias "Olhar Voluntário". Você foi para Caetité, participou da 10ª Edição do projeto, registrou momentos inesquecíveis, então participe!

Serão duas categorias: PERSONAGEM / PAISAGEM e VOLUNTÁRIO EM AÇÃO.
Cada participante poderá enviar duas fotos, sendo uma em cada categoria.

Envie suas fotos na melhor resolução possível para o e-mail voluntariosdosertao@voluntariosdosertao.org até dia 13 de outubro de 2010, identifique-se e boa sorte!

E o psicólogo, o que disse?

Felipe Areco, Psicólogo, também comentou:

O trabalho em Caetité foi de levar ao próximo àquilo que em muitas vezes não se vê e não se tem. Como Psicólogo tive em minha mente e em meu poder o instrumento de levar a palavra mesmo que em certos momentos tenha sido de conforto, orientação ou apenas de carinho.
“Caetité não será mais a mesma depois da vinda do senhô e de vocês aqui”, diz uma paciente. E minha vida não será mais a mesma depois dessa experiência em Caetité, respondi à paciente.
E é isso que o Psicólogo tem de mais valioso, a palavra. Mostrar aos moradores de Caetité que é possível acreditar em sua existência foi de extrema validade, a palavra pode ser dita a qualquer instante, mas o que se vale é o agora, só temos hoje e foi assim que levei meu trabalho à população, como se aquele dia fosse o último.

A experiência da fisioterapeuta!

Abaixo o pequeno relato da profissional fisioterapeuta Juliana Dal Picolo Melo.

A vida de um profissional que participa de um projeto deste nível nunca mais será a mesma.
A experiência que obtive jamais será esquecida. Coma a Fisioterapia, além de oferecer um trabalho de orientação postural, consegui resgatar um pouco da dignidade e do respeito de cada um que pelo setor passou.
As orientações recebidas pelos pacientes foram ouvidas atenciosamente e tenho certeza que não serão em vão.
O pouco que oferecemos foi de grande valia para os pacientes, mas sem dúvida recebemos muito mais em troca.

Voltando a ativa... Voltando a Blogar!

É isso pessoal, há um mês estávamos em Caetité, um frio inacreditável durante a noite, quem poderia imaginar que no sertão da Bahia chegavam ventos tão frios como aqueles.
Vamos começar a blogar! Cumprindo a promessa vamos postar alguns depoimentos de profissionais voluntários que estiveram conosco nesta 10ª Edição do Voluntários do Sertão... Apreciem!!